O exército de Israel anunciou que o ministro da Economia do Hamas, Juad Abu Smallah, foi morto em um ataque aéreo na cidade de Khan Younis, na Faixa de Gaza.
Segundo o governo israelense, ele seria o responsável pela gestão dos fundos do grupo armado palestino e “designou os recursos para financiar e dirigir o terror dentro e fora da Faixa de Gaza”.
O ataque também teve como alvo Zakaria Abu Amr, líder do Departamento de Relações Nacionais do grupo extremista em Gaza.
O Hamas confirmou mais tarde que dois dos seus oficiais foram mortos em ataques israelitas em Gaza. O grupo retaliou disparando saraivadas de foguetes contra cidades centrais de Israel, incluindo Ashkelon, Tel Aviv, Beersheba e Rishon LeZion.
Abu Smallah teria ocupado cargos de segurança no Hamas e liderou operações para prejudicar cidadãos israelitas, disse o exército de Israel.
Já Abu Amr era responsável por “tomar decisões na Faixa, realizar operações de relações internas e coordenar as atividades entre as várias organizações na região”. Como parte da função dentro do Hamas, ele integrava o fórum sênior da organização, “estando assim envolvido na tomada de decisões da organização e no planejamento de muitas ações e iniciativas contra a segurança do Estado de Israel”.
O IDF (Forças de Defesa de Israel) afirmou ainda que não irá interromper os “esforços para neutralizar altos responsáveis do Hamas”.
Nas últimas 24 horas, o IDF diz que dobrou o número de ataques aéreos ao enclave.
O conflito
O número total de mortos no conflito entre Israel e o grupo armado palestino Hamas ultrapassou 2.255, conforme o embate chega ao quinto dia nesta quarta-feira (11). Destes, 1.055 são palestinos que morreram na Faixa de Gaza e 1.200 israelenses, segundo o Ministério da Saúde da Palestina e o Exército de Israel, respectivamente.
Quanto aos feridos, na Faixa de Gaza são 5.184 e em Israel são 2.800.
Além destes, morreram 21 pessoas na Cisjordânia, onde outros 130 estão feridos. No Líbano, cinco pessoas foram mortas.
O Exército de Israel afirma ainda que 1.500 combatentes do Hamas foram encontrados mortos em cidades próximas à Faixa de Gaza, conforme as tropas avançaram para tomar controle do território perdido após os ataques do último sábado (7).
Nesta quarta-feira, Israel estuda avançar por via terrestre contra Gaza, ao mesmo tempo em que intensifica os bombardeios aéreos.
O ministro da Defesa israelense informou que prepara uma ofensiva total, inclusive terrestre, à região. “Começamos a ofensiva pelo ar, depois iremos também pelo solo. Estamos controlando a área desde o Dia 2 e estamos na ofensiva. Isso só vai se intensificar”, disse Yoav Gallant.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.