O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou nesta segunda-feira (26) o Banco Central (BC) por manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano . Para ele, a autoridade monetária impede o crescimento da economia brasileira.
“O Banco Central precisa tomar a atitude de decidir se o Brasil vai crescer ou não vai crescer”, afirmou Fávaro a jornalistas após participar de reunião no Ministério da Fazenda sobre o Plano Safra, que financia a agricultura.
Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve a taxa no maior patamar desde 2016 e frustrou expectativas de integrantes do governo ao não indicar redução no futuro.
O BC argumenta que a taxa atual é necessária para manter a inflação dentro da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%.
Fávaro deve anunciar nesta terça-feira (17) o Plano Safra, que oferece linhas de crédito subsidiado para a agricultura. Com a taxa básica de juros a 13,75%, isso significa custos maiores para o governo.
O Plano Safra deste ano deve ser superior a R$ 400 bilhões.