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Agronegócio

Minas Gerais investe R$ 1,5 milhão no Programa “Pró-Pequi”

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O Governo de Minas tem ampliado suas ações para impulsionar o agroextrativismo, garantindo sustento aos agricultores e fomentando a exploração dos frutos do Cerrado e sua região de transição para a Caatinga.

No Norte de Minas, seis entidades de agricultura familiar, beneficiando aproximadamente 4,8 mil pessoas, receberão um investimento de R$ 1,5 milhão do Programa Pró-Pequi, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Esse montante será direcionado para a reestruturação produtiva de associações e cooperativas na região.

Um dos exemplos é a Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais de Riacho D’Antas e Adjacências, situada em Montes Claros, selecionada por meio de um edital de chamamento público e aprovada pelo conselho diretor do programa. Valney Soares Costa, líder dessa associação, relata que a iniciativa surgiu em função da escassez de água na região. A associação foi criada para oferecer novas oportunidades de emprego e renda aos pequenos produtores, focando no beneficiamento do coco macaúba.

“Vimos a necessidade de algo para manter o pequeno produtor, e o coco macaúba, abundante na região e pouco explorado, tornou-se nosso foco. A partir dessa iniciativa, montamos um projeto, construímos um galpão, adquirimos equipamentos e começamos o beneficiamento do coco”, explica Valney.

Entretanto, a pandemia afetou significativamente as atividades da cooperativa, que ficou fechada por dois anos. Em 2021, Valney e Maria Eunice reabriram a cooperativa, enfrentando dívidas e desafios para retomar as atividades. A seleção no edital de chamamento público vem em um momento crucial para a entidade, que busca retomar suas operações.

A Secretaria de Agricultura apoia esses empreendimentos da Agricultura Familiar por meio do edital, destinando recursos para aquisição de equipamentos. Para Valney, o suporte é essencial para o progresso dos produtores. “Melhoria de produtos, nas estruturas, na comunicação, nas vendas – essa é uma ação importante feita por nós, mas que, futuramente, poderemos caminhar com nossas próprias pernas”, destaca Valney.

Os recursos, cerca de R$ 270 mil destinados à Associação Comunitária dos Pequenos Produtores Rurais de Riacho D’Antas e Adjacências, serão empregados na aquisição de equipamentos para o beneficiamento do coco macaúba, incluindo tanques de higienização, refrigeradores, quebradores cinéticos e prensas extratoras. Essa atividade resulta em produtos como óleos, sabão e shampoo, trazendo melhorias à comunidade.

O edital de chamamento público, além de auxiliar entidades como a de Valney, busca fortalecer empreendimentos da Agricultura Familiar que trabalham com produtos típicos do Cerrado, como pequi, baru, buriti e cagaita, impactando positivamente a economia local e enriquecendo a cultura gastronômica da região. Essas políticas públicas são fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico e para a permanência das famílias no campo.

O Programa Pró-Pequi é uma iniciativa relevante do Estado de Minas Gerais, visando a sustentabilidade das espécies nativas do Cerrado. Ele incentiva práticas sustentáveis, como o agroextrativismo, e fortalece atividades de transformação e comercialização de frutos nativos, contribuindo para o crescimento econômico e cultural das comunidades locais.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e Brasil mantém liderança global

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A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/2025 está projetada para crescer 8%, consolidando a posição do país como líder global nas exportações do produto. As primeiras estimativas, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicam uma produção de 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2,14 milhões de hectares. Esses números são mais otimistas do que os divulgados anteriormente pela Conab, que previam uma produção de 3,68 milhões de toneladas.

Na safra 2023/2024, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos por hectare. Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, seguido pela Bahia e Mato Grosso do Sul.

A oferta global de algodão, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente devido à redução das importações pela China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras e agora absorve apenas cerca de 20%. Isso desafia o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito.

No mercado interno, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, trazendo otimismo para o setor. De acordo com as associações de produtores estaduais, a área plantada com algodão no país deverá ser cerca de 7,4% maior em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Com uma produtividade projetada de 1859 quilos por hectare, a produção pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, um crescimento aproximado de 8%.

Apesar do crescimento na produção, o setor enfrenta desafios significativos nas exportações. A crise econômica na Argentina, principal mercado para os produtos brasileiros, resultou em uma queda de 9,5% nas exportações de têxteis e confeccionados. Esse cenário exige que o setor busque novos mercados e estratégias para manter sua competitividade internacional.

A previsão de cortes de empregos no final do ano, devido à sazonalidade da produção, é uma preocupação adicional. No entanto, a geração de quase 25 mil novos empregos de janeiro a julho de 2024 demonstra a capacidade do setor de se adaptar e crescer, mesmo em um ambiente desafiador.

Fonte: Pensar Agro

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