Nesta quarta-feira (30), um grupo de militares do Gabão, país da África Central, anunciou um golpe de Estado em transmissão em rede nacional. Na ocasião, eles ainda afirmaram ter dissolvido todas as instituições democráticas do país e anulado as eleições presidenciais que reelegeram Ali Bongo Ondimba no último sábado (26) para um terceiro mandato.
Em discurso, eles alegaram que ocorreu fraude nas eleições gerais. Bongo, que está no poder há 14 anos, foi colocado em prisão domiciliar, informou o grupo de alta patente das Forças Armadas, que disse também ter fechado as fronteiras do país “até nova ordem”.
O anúncio foi feito por um grupo de cerca de 12 militares, justificando a ação devido a um governo “irresponsável e imprevisível, que resulta em uma deterioração contínua da coesão social que corre o risco de levar o país ao caos”.
O militar que leu o discurso dizia falar em nome de um “Comitê de Transição e Restauração Institucional”. Segundo a agência de notícias AFP , durante a transmissão, era possível ouvir tiros de metralhadoras automáticas na capital do país, Libreville.
“Em nome do povo gabonês, nós decidimos defender a paz e colocar um fim no regime atual”, afirmaram os militares.
Ali Bongo Ondimba havia sido reeleito com cerca de 64% dos votos, segundo a autoridade eleitoral do Gabão. A família do presidente governou o país durante 56 anos, sendo quase todo o período pós-independência.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.