Aceitar os limites é um tipo de saúde mental. Essa saúde nasce do cultivo interior que acolhe a condição humana. Dessa forma, reservar na agenda da vida um tempo de pausa é vivenciar as curas necessárias para a saúde em todos os aspectos do viver. Sobre essa consciência se desejam pontuar alguns caminhos.
O primeiro é a necessidade do cultivo da pausa que cura. Pausar é cessar as atividades rotineiras, até mesmo as prazerosas para aquietar o todo e assentar a vida. O tempo de pausa é para desacelerar, contemplar, refletir, ouvir o silencio, dar descanso para os pensamentos, o corpo, os sentimentos. Observar o nada. Sim, é importante exercitar a respiração da vida na vida.
O segundo caminho é buscar algo que possa alimentar a vida de vida. Momentos lúdicos que cultivem o acesso ao sentir. Revisar sentimentos que estão ou passaram por nós. Revisitar emoções é uma forma de limpeza e ao mesmo tempo a consciência que nada de ruim deve ficar hospedado em nós por muito tempo.
O terceiro caminho sentir a renovação das forças em todos os sentidos. A energia da vida renovada, o encanto no olhar revigorado e a esperança restaurada. Esses aspectos são sinalizadores da pausa que cura. Sem a energia vital, o encanto e a esperança, é impossível cultiva a saúde mental que impacta todo o ser que existe no tempo.
*Milene Costa é Doutoranda em Ciências da Religião, Mestre em Filosofia e possui diversas especializações na área de Teologia, além de uma carreira de mais de vinte anos como acadêmica. É a fundadora e maior responsável pela Ser e Pertencer, espaço que auxilia pessoas e grupos no cultivo da qualidade humana para as novas sociedades.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.