O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta terça-feira (6) a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, dando sequência a um movimento iniciado pelo então mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2017.
A medida foi anunciada após a chegada do líder ultraliberal em solo israelense, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores Israel Katz.
“Quero agradecer-lhe por ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e por ter anunciado a transferência da embaixada argentina para Jerusalém, capital do povo judeu e do Estado de Israel”, disse Katz, segundo nota oficial.
Já o premiê Benjamin Netanyahu felicitou Milei por ter cumprido uma promessa de campanha – os dois líderes devem se reunir pessoalmente nesta quarta-feira (7).
A grande maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, uma vez que Jerusalém Oriental também é reivindicada como capital de um futuro Estado palestino.
Em 2017, no entanto, Trump ordenou a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, ação que inflamou os ânimos no Oriente Médio e provocou uma onda de protestos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Apesar de controversa, a mudança não foi revertida pelo atual presidente dos EUA, Joe Biden.
Países como Guatemala, Honduras e Kosovo também levaram suas sedes diplomáticas para Jerusalém, mas essa abordagem ainda é amplamente minoritária na comunidade internacional, que a vê como um entrave para as negociações de paz entre árabes e israelenses.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também chegou a dizer que transferiria a embaixada brasileira para Jerusalém, mas acabou recuando.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.