O presidente da Argentina, Javier Milei, revogou no sábado (9) um decreto que aumentava o seu salário, o dos ministros e dos secretários em cerca de 50%, atribuindo a responsabilidade pelo aumento à ex-presidente Christina Kirchner.
Em 26 de janeiro, Milei havia reajustado o salário mínimo do país em 30%, porém o decreto original estipulava que esse reajuste não se aplicaria aos funcionários de alto escalão do Poder Executivo. Entretanto, um novo texto foi promulgado em 28 de fevereiro, estendendo o reajuste a todos os funcionários.
Em sua acusação contra Kirchner, Milei citou um decreto de 2010, durante o mandato dela como presidente da Argentina. Esse decreto estabelecia uma escala ascendente de remuneração para o alto escalão do governo, vinculando os reajustes aos concedidos aos demais funcionários públicos.
“Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo”, disse Milei em publicação no X (antigo Twitter).
Posteriormente, a Presidência da Argentina emitiu um comunicado oficial anunciando a anulação do decreto que garantia os reajustes salariais. De acordo com a nota, a norma assinada anteriormente por Kirchner “foi concebida e executada com o objetivo de proteger os bolsos da casta”, um apelido dado por Milei à classe política.
Em resposta, também pelo X, Kirchner afirmou que o aumento de salário não estava presente na primeira versão do decreto assinado por Milei, mas foi incluído em uma versão posterior.
“Quero pensar que você leu o que assina. (…) O decreto que assinei há 14 anos não tem nada a ver com isso”, disse a ex-presidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.