O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, surpreendeu nesta segunda-feira (20) ao revelar seus planos de viagem antes mesmo de assumir oficialmente o cargo em 10 de dezembro. As destinações incluem Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Tel Aviv, em Israel, com uma conotação mais espiritual do que estritamente política.
Milei demonstrou uma abordagem singular a diplomacia ao aceitar o convite do presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, para um encontro no Uruguai. Em resposta, o argentino sugeriu a resolução das relações bilaterais em um churrasco, ressaltando a afinidade entre os líderes.
Além disso, o presidente paraguaio, Santiago Peña, também estendeu um convite para Milei visitar o Paraguai antes de sua posse.
Em relação ao Brasil, a possível Ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será convidado para a posse de Milei, mas as condições para sua presença ainda não foram definidas.
Milei, em sua visão sobre relações internacionais, destacou sua intenção de não se relacionar com países considerados “socialistas”, incluindo China, Brasil e Rússia. Contudo, ele defende uma postura de abertura da Argentina ao mundo.
Amorim, por sua vez, ressaltou a importância estratégica e fundamental da relação entre Brasil e Argentina.
“É uma relação estratégica, fundamental não só pelo lado bilateral mas para a inserção do Brasil no mundo. A filosofia do presidente Lula é que para nos integrarmos adequadamente no mundo, para que a voz da América Latina e América do Sul seja ouvida é preciso que tenhamos uma capacidade de coordenação. Claro que facilita quando você tem afinidades, não há dúvida, mas do nosso lado não vamos deixar que simpatias pessoais ou o oposto afete nosso relacionamento de estado com a Argentina”, declarou Amorim.