O presidente da Argentina, Javier Milei, comentou em entrevista no último domingo (07) sobre a possibilidade de negociar com o Congresso o ‘decretaço’ , que foi anunciado em dezembro do ano passado. À Radio Mitre, Milei disse que não negociará e chamou de “idiotas úteis” os parlamentares que querem fragmentar o texto para ser discutido pelo Legislativo.
Segundo o presidente argentino, mesmo que o governo não esteja aberto a negociação, ele aceitará “sugestões para melhorar” o texto.
O decreto deverá começar a ser analisado nesta terça-feira (09) por uma comissão de deputados. O texto já está em vigor por se tratar de um DNU — uma espécie de medida provisória —, mas poderá ser derrubado caso o Congresso e o Senado rejeitem.
Segundo a vice-presidente do Senado, Carolina Losada, em entrevista a uma rádio local, o bloco em que faz parte está disposto a apoiar as reformas do decreto. Entretanto, ela ressalta que há a necessidade de revisar e discutir alguns pontos, o que é dificultado pela falta de diálogo com o governo de Milei. Losada integra a UCR e a aliança macrista Juntos pela Mudança.
O presidente argentino acusou os parlamentares de quererem suborno para a negociação das leis do decreto e do megaprojeto enviado ao Congresso. “Para outros governos que se dedicaram a nos tirar liberdade e colocar a mão no nosso bolso, não houve resistência alguma da casta política. Agora, nesse caso, em que estamos propondo uma estrutura pró-mercado, terminando com muitos vícios da política, se queixam […] E há outros, os idiotas úteis, que colocam o foco na forma, quando é parte da dinâmica”, disse Milei.
O mandatário argentino explicou que as medidas exigem “uma rápida resposta de investimento para que o dano em termos de atividade, emprego, pobres e indigentes seja o menor possível”.
O ministro do Interior da Argentina, Guillermo Francos, também cedeu uma entrevista à mesma rádio. Ele pediu ao Legislativo que não demore para a votação do megaprojeto de lei.
“Não temos tempo. Se demorar um ano inteiro para discutir uma lei, não entra mais nem um peso na Argentina, ninguém vai investir no país. E temos tanta necessidade de investimento e tanta necessidade de entrada de divisas no país, porque senão tudo para”, disse o ministro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.