O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, disse neste domingo (19) que sua vitória nas eleições de 2023 representa o “início da reconstrução” do país.
Com quase 100% das urnas apuradas, o economista ultraliberal tem 55,7% da preferência, contra 44,30% do governista Sergio Massa.
Em números absolutos, a vantagem chega a quase 3 milhões de votos.
Em seu primeiro discurso após o triunfo, Milei prometeu transformar a Argentina em uma “potência mundial” e acabar com o “modelo empobrecedor da casta”.
“Boa noite a todos os presentes, aos que estão na rua festejando e sobretudo a todos os argentinos de bem, porque hoje começa a reconstrução da Argentina”, declarou o presidente eleito ao abrir o pronunciamento no Hotel Libertador, quartel-general de sua campanha.
“É uma noite histórica para o país. Obrigado aos que tornaram isso possível”, disse ele, que chamou de “milagre” a chegada de um “libertário” à Casa Rosada.
No discurso, Milei também alertou a futura oposição que não vai tolerar conflitos sindicais e sociais para bloquear as reformas que ele pretende aprovar.
“Sabemos que alguns setores vão resistir à mudança. A eles eu digo que, dentro da lei, é possível fazer tudo, mas nada fora da lei. Nessa nova Argentina, não haverá espaço para os violentos. Seremos implacáveis com quem usar a força para manter os privilégios”, salientou o economista, que tomará posse em 10 de dezembro.
“A situação é crítica, e as mudanças serão drásticas. Não haverá espaço para o gradualismo e a timidez. Se não avançarmos rapidamente, iremos ao encontro da derrota”, afirmou.
No pronunciamento, Milei evitou falar de dolarização ou fechamento do Banco Central, temas marcantes de sua campanha, e também não citou o rival Sergio Massa.
Apesar da inusual serenidade, terminou o discurso com a frase “Viva a liberdade, caralho”, levando seus apoiadores à loucura.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.