Mais de 60 veículos de comunicação social internacionais publicaram nesta quinta-feira (11) uma carta aberta na qual apelam a Israel que autorize o “acesso imediato e independente” de jornalistas à Faixa de Gaza, após nove meses de guerra.
Empresas como a CNN, a BBC e a Agence France-Presse fizeram o apelo “às autoridades israelitas para que retire, imediatamente, as restrições impostas aos meios de comunicação social estrangeiros que entram na Faixa de Gaza” e “concedam acesso independente” à imprensa que deseje se deslocar ao território”.
Após nove meses de conflito, “os jornalistas internacionais continuam sem acesso a Gaza, com exceção de raras viagens escoltadas organizadas pelo exército israelense”, denunciam os signatários, entre os quais se conta ainda o Guardian e o New York Times.
Estas restrições impuseram um “fardo impossível e irracional” aos jornalistas locais para documentarem esta guerra que eles próprios enfrentam, acrescenta a carta aberta.
Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, uma associação com sede em Nova York que coordenou a elaboração do documento, mais de 100 jornalistas foram mortos desde o início da guerra, tornando o conflito um dos mais mortais para a categoria. Os que restam trabalham em condições de “extrema privação”.
No início de 2024, mais de 30 meios de comunicação social internacionais tinham apelado à proteção dos jornalistas palestinos que permanecem em Gaza.
A ofensiva israelense em Gaza provocou uma catástrofe humanitária e causou até agora 38.345 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, território palestino gerido pelo Hamas e sob bloqueio israelense desde 2007.
Esta guerra seguiu-se a um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, no dia 7 de outubro, que provocou a morte de 1.195 pessoas, a maioria civis, de acordo com contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.