O sindicato dos metroviários e metroviárias de São Paulo, junto a trabalhadores da Sabesp, aderiu à greve unificada agendada para esta terça-feira (28), e deve impactar o funcionamento do transporte público na capital paulista e na região metropolitana. A mobilização é uma resposta aos planos de privatização defendidos pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A greve foi confirmada pelo sindicato no dia 23, mas uma nova assembleia está marcada para às 16h desta segunda-feira (27), em frente à Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo, para avaliar a situação e realizar uma votação simbólica. O governo de São Paulo decretou ponto facultativo nesta terça. Essa é a segunda greve dos metroviários em pouco mais de um mês. A paralisação afetará as seguintes linhas:
No Metrô:
1-Azul
2-Verde
3-Vermelha e
15-Prata (monotrilho),
As linhas 4-Amarela e 5-Lilás não serão afetadas.
Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM):
7-Rubi
10-Turquesa
11-Coral
12-Safira
13-Jade
As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda não serão afetadas.
A greve inclui a participação da Sabesp – estatal cobiçada pelo governo de São Paulo para ser privatizada – e outros órgãos governamentais, como a Universidade de São Paulo (USP), por meio de professores, e a Fundação Casa.
O governador Tarcísio entrou na Justiça um pedido de tutela antecipada para obter uma liminar contrária à greve dos funcionários. A ação solicita que todos os funcionários do sistema de transporte trabalhem durante os horários de pico e de pelo menos 80% no restante do dia.
O texto propõe multa de R$ 2 milhões ao sindicato em caso de descumprimento da decisão e requer a autorização para não repassar os descontos feitos em folha a título de mensalidade sindical. Os sindicalistas afirmam que podem trabalhar normalmente, desde que a passagem da população não seja cobrada.
Qual o motivo da greve?
A motivação por trás da greve é a oposição às propostas de desestatização de empresas públicas, através de privatizações e terceirizações, lideradas pelo governo Tarcísio. “O governador Tarcísio de Freitas quer destruir os serviços públicos em São Paulo”, diz o comunicado do sindicato dos Metroviários.
A presidente da entidade, Camila Lisboa, destacou a acerleração do processo de privatização no Estado. “No Metrô e na Fundação Casa, por meio dos editais de terceirização, na Sabesp, com o envio do PL que tramita em caráter de urgência na Alesp, e na Educação, impõe um corte de 10 bilhões”, argumentou. Uma proposta de funcionamento de catracas livres também é reivindicada pelos grevistas.