Um representante da esquerda israelense afirma que, apesar das críticas, apoia o governo de Benjamin Netanyahu frente ao conflito com o Hamas. A nota, assinada por Boaz Hat’zeni, foi publicada pela jornalista e ativista da extrema-direita norte-americana Pamela Geller.
Hat’zeni é descrito pela jornalista como “um grande nome da esquerda em Israel”. Na nota, ele diz estar “mantendo os dedos cruzados” pelo primeiro-ministro.
“Netanyahu fez muitas coisas ao longo de seus muitos anos no cargo. Na minha opinião, a balança de fracassos versus realizações está inclinada contra ele, mas agora ele desempenha um papel fatídico, churchilliano”, diz o representante da esquerda.
“Ele está enfrentando uma pressão terrível do governo americano hostil, que também está usando pelo menos parte da subversão doméstica contra ele, e ele está enfrentando tentativas de sedição, incitação selvagem, calúnia desenfreada e um público que, embora seja uma minoria, tenta queimar o país em tempos de guerra como se não houvesse amanhã e não houvesse inimigos”, completa.
A nota vem em um momento crítico do governo de Netanyahu, que tem sido pressionado interna e externamente para que aceite imediatamente um acordo para a libertação dos reféns retidos pelo Hamas.
“Ele [Netanyahu] faz tudo isso diante da maioria da mídia hostil, do chefe de gabinete e do ministro da Defesa derrotistas que coordenam demais com os americanos e do sistema de justiça corrupto que não levanta um dedo contra os ladrões do estado, os rebeldes e os instigadores, em uma demonstração flagrante de hipocrisia e posição a favor dos rebeldes”, diz a nota.
“Se ele resistir à pressão e fizer o que lhe foi designado, o que ele sabe muito bem, ele entrará para a história ao lado de Churchill, porque não apenas o destino de Israel em relação ao islamismo está em jogo agora, mas também o destino do mundo ocidental que lutou contra esse inimigo”, diz o representante esquerdista.
“Esta pode ser a grande e histórica hora de Netanyahu”, afirma.
A jornalista que publicou a nota tem ascendência judaica, é uma figura polêmica da mídia dos Estados Unidos. Além do seu ativismo político, Geller é conhecida por ser presidente de uma organização anti-muçulmana chamada “Stop Islamization of America” (Pare a ‘Islamização’ da América, em português).
Entre seus movimentos mais conhecidos, estão as teorias da conspiração sobre genocídios, sobre a eficiência da vacina da Covid-19 e até sobre Barack Obama, a quem acusou de ser um ‘cripto-muçulmano’ com a família envolvida em abusos de menores e pornografia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.