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Agronegócio

Mercado do boi gordo registra alta e pressão nas escalas de abate

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O mercado do boi gordo está mostrando sinais de recuperação, com negócios sendo fechados acima das referências médias de preço. A expectativa é de novas altas no curto prazo, já que as escalas de abate não estão em uma situação confortável, de acordo com analistas. Mesmo com a elevação dos preços da arroba, as indústrias não conseguiram ampliar de forma significativa suas escalas de abate, o que pressiona ainda mais os valores.

A semana começou com o preço médio da arroba do boi gordo variando entre as principais regiões produtoras. Em São Paulo, o valor está em torno de R$ 277,92, enquanto em Goiás e Minas Gerais, os preços são de R$ 266,79 e R$ 272,94, respectivamente. No Mato Grosso do Sul, a arroba chega a R$ 279,66, enquanto no Mato Grosso, o valor é mais baixo, em R$ 240,20.

O cenário de demanda aquecida, especialmente impulsionado pelas exportações, contribui para o fortalecimento dos preços no atacado, onde se observam preços firmes. Porém, a carne bovina pode perder competitividade em relação à carne de frango, uma alternativa mais barata que tende a atrair consumidores, especialmente as famílias de menor renda.

No mercado interno, o quarto traseiro da carne bovina está cotado a R$ 19,90 por quilo, enquanto o quarto dianteiro e a ponta de agulha estão sendo comercializados a R$ 15,15 e R$ 15,00 por quilo, respectivamente. Com a alta contínua nos preços, é provável que os consumidores busquem outras proteínas para aliviar o impacto no orçamento familiar.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Embrapa revela que cascudinho-da-soja ameaça safra brasileira

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Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou para o crescimento de uma praga com potencial para reduzir a produtividade da soja em até 30%, o que equivale a perdas de 8 a 10 sacas por hectare, impactando diretamente o potencial econômico das lavouras. O cascudinho-da-soja (Myochrous armatus) tem preocupado produtores rurais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, por sua capacidade de causar danos significativos nas plantações.

De acordo com dados da Embrapa, o cascudinho atua desde as primeiras fases da cultura da soja, prejudicando as plantas já na fase de germinação. Na fase larval, a praga vive no solo e destrói as raízes das plantas, enquanto na fase adulta, o ataque se intensifica, com a alimentação no caule, hastes e pecíolos. Isso pode levar ao tombamento e até à morte das plantas, resultando em uma queda considerável na produção.

Hudslon Huben, especialista em manejo agrícola, destaca que os danos são especialmente críticos em plantas jovens. “O cascudinho ataca principalmente no início do ciclo da cultura, o que é ainda mais problemático quando ocorre em períodos de estiagem. Nessas condições, as perdas podem ser ainda mais graves, deixando as plantas enfraquecidas ou até matando-as”, explica Huben.

A identificação correta do cascudinho é um desafio para os produtores, pois a praga é similar ao torrãozinho (Aracanthus mourei). O cascudinho adulto tem coloração preto-fosca, mas pode variar de marrom a acinzentado, dependendo do tipo de solo. Suas larvas, por sua vez, são amareladas e se desenvolvem no solo.

A Embrapa, que é referência em pesquisa agrícola no Brasil, alerta para a importância do monitoramento constante das lavouras e do uso de estratégias de manejo integrado. Isso inclui a combinação de monitoramento frequente, além da aplicação de produtos químicos e biológicos registrados para combater a praga.

Fonte: Pensar Agro

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