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Agronegócio

Mercado de orgânicos segue em crescimento no Brasil, mas ainda faltam informações

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O interesse por alimentos orgânicos vem crescendo no Brasil, conforme revela o estudo “Panorama do Consumo de Orgânicos no Brasil 2023”, divulgado pela Associação de Promoção dos Orgânicos. Entre 2021 e 2023, houve um aumento de 16% no consumo desses produtos.

Mas apesar de o Brasil ser vasto em terras cultiváveis e ter um dos principais mercados agrícolas do mundo, incluindo o de produtos orgânicos, ainda há falhas no levantamento de dados referente ao cultivo de orgânicos no país. Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) mostrou que há sérias falhas no levantamento de dados referente ao cultivo de orgânicos no país.

Segundo a pesquisa, entre 2003 e 2017, as vendas de produtos orgânicos no país aumentaram quatro vezes. No ano de 2020, tiveram expansão de 30%, com o movimento de R$ 5,8 bilhões. Há ainda 953 certificações de orgânicos para produtos importados, de um total de 23 países, segundo dados do Mapa. São alimentos provenientes de espécies características de outros países (como amaranto, quinoa, damasco, azeite de oliva). A pesquisa também revelou que houve aumento de 75% no cadastro de produtores de orgânicos no país em quatro anos (2017 a 2022).

No entanto, esse crescimento também trouxe consigo um aumento na presença de alimentos ilegítimos, muitos deles com falsas alegações de serem orgânicos. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), uma referência em certificação orgânica, alerta tanto os consumidores quanto os comerciantes sobre essas práticas fraudulentas.

De acordo com a legislação brasileira, qualquer informação que induza o consumidor ao erro é considerada fraude. Para que um alimento seja reconhecido como orgânico, o produtor ou empresa processadora deve seguir as regulamentações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que inclui o uso do selo “Orgânicos Brasil”.

Fábio Corrales, gerente do Tecpar Certificação, explica que produtos processados devem conter no mínimo 95% de ingredientes orgânicos, identificados no rótulo, e os 5% restantes não podem ser proibidos pelas regras da produção orgânica.

A certificação é uma maneira confiável de garantir que um produto é realmente orgânico. Segundo uma pesquisa da Organis, 39% dos entrevistados identificam produtos pelo selo ou certificado, e 89% concordam com a obrigatoriedade do selo nas embalagens.

O processo de certificação é conduzido por organismos credenciados junto ao Mapa, garantindo que em todas as etapas de produção e processamento do produto certificado não foram utilizados agrotóxicos ou insumos químicos sintéticos.

Ao comprar produtos orgânicos, é recomendável dar preferência a fontes confiáveis, como lojas especializadas, fazendas e produtores locais certificados. Além disso, é importante ler atentamente os rótulos e verificar a lista de ingredientes para evitar possíveis enganos.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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