Uma menina palestina de 12 anos foi morta nesta terça-feira (17) na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, pelas forças da Autoridade Palestina (AP) enquanto participava de protestos contra o ataque a um hospital em Gaza . As informações dão da rede televisiva Al Jazeera.
Razan Nasrallah tinha 12 anos e foi atingida por um tiro, informou a família. “Uma bala entrou no lado direito do peito dela. Perfurou seus pulmões e atingiu seu coração. Nós a consideramos uma mártir que foi morta defendendo Gaza. Nós lamentamos por ela com orgulho”, disse seu tio, Ziad Nasrallah, à Al Jazeera.
Em Tubas, no noroeste da Cisjordânia, o jovem universitário palestino Mohammad Sawafta foi gravemente ferido pelas forças da AP enquanto protestava.
Além disso, um homem palestino de 31 anos chamado Ahmad Moeen al-Rimawi foi morto em confrontos com as forças israelenses em uma aldeia próxima a Ramallah, também na Cisjordânia. O confronto deixou pelos menos 30 feridos.
Além de se manifestarem contra os ataques de Israel ao povo palestino, a população também tem protestado contra a AP. Manifestantes ouvidos pela Al Jazeera afirmam que a autoridade nacional não consegue proteger seu povo, já que está “neutra” e “em silêncio” enquanto a guerra afeta os palestinos em Gaza e na Cisjordânia.
Um homem de 37 anos, que não quis se identificar, disse que houve “uma onda de raiva contra as pessoas que estão apenas de prontidão e assumindo uma posição de neutralidade”. “Cerca de 80 mil oficiais da Autoridade Palestina estão em silêncio, enquanto pessoas estão sendo mortas em Gaza”, disse ele.
Houve confronto entre manifestantes e forças de segurança da AP que tentavam dispersar os protestos, o que levou à morte da menina de 12 anos. Os policiais utilizaram munições reais, gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral.
A indignação entre os manifestantes aumentou diante da repressão. Em Ramallah, onde está a sede da AP, pessoas atiraram pedras e cadeiras contra veículos blindados da autoridade.
“Se não conseguem – ou não querem – nos proteger de Israel, então o mínimo que podem fazer é deixar que as pessoas se defendam. Deixe as pessoas protestarem e expressarem sua raiva sem bloqueá-las”, disse à Al Jazeera um manifestante de 45 anos que não quis se identificar.
Partido pede renúncia
O partido Fatah, ao qual pertence o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, divulgou um comunicado nesta terça-feira pedindo que Abbas deixe o cargo de chefe da Comissão de Mártires e Prisioneiros.
“Damos-lhe até quinta-feira à noite para entregar as tarefas que confiscou. Se não o fizer, se tornará um alvo legítimo de ataques dos nossos grupos armados e do povo palestino”, diz o comunicado do Fatah.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.