A Polícia Civil de São Paulo efetuou a prisão de João Batista do Couto Neto, médico de 47 anos que está sendo investigado pela morte de 42 pacientes , além de outros 114 casos de lesão corporal em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O cirurgião foi detido na última quinta-feira (14), em um hospital de Caçapava, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.
Couto Nete havia sido indiciado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul na última terça-feira (12). O médico foi acusado de homicídio doloso em 3 diferentes inquéritos, levando a Justiça do Rio Grande do Sul a decretar a prisão preventiva dele. As outras 39 mortes e 114 lesões corporais seguem sendo investigadas.
À polícia, pacientes e ex-colegas relataram que Couto Neto era um médico que fazia cirurgias em excesso, além de procedimentos desnecessários. Ele também dava diagnósticos falsos de cânceres raros. Segundo as investigações, ele chegava a fazer 25 cirurgias em um único plantão.
Couto Neto costumava trabalhar no Hospital Regina, onde fazia o aluguel do centro cirúrgico em troca de uma porcentagem dos procedimentos realizados.
No ano passado, o cirurgião foi alvo de uma operação policial. 15 pessoas procuraram a polícia denunciando os supostos erros médicos. Ao todo, são analisados 156 casos, com relatos de dilaceração de órgãos, perfurações no intestino e cortes desnecessários. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão no hospital onde ele atuava em Novo Hamburgo, além de sua residência. Já na época, ele era suspeito de ter causado a morte de cinco pacientes.
Na época, Couto Neto havia sido proibido de realizar cirurgias por seis meses pela Justiça. Neste ano, no meio do ano, o período foi prorrogado por mais quatro meses, terminando no dia 24 de outubro o período.
Em fevereiro de 2023, o médico se registrou no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O pedido veio após Couto Neto conseguir um emprego para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em São Paulo, começou a usar apenas João Batista para se apresentar.
Em São Paulo, Couto Neto era contratado indiretamente como prestador de serviços, para efetuar trabalhos em órgãos públicos e filantrópicos.
Dentre os locai em que Couto Neto trabalhou, estão: AMA Sacomã, na capital paulista; Hospital Mandaqui; Hospital Ipiranga; Hospital Pio 12; e Hospital São Francisco de Assis.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.