No último domingo (01), uma médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, foi algemada dentro da unidade hospitalar. “Fui algemada e me colocaram no camburão. Me tiraram de dentro da UTI e os pacientes ficaram sozinhos”, disse a profissional, em depoimento.
Os policiais envolvidos relataram que a médica teria se recusado a fornecer informações sobre o estado de saúde de um policial aposentado internado na unidade. Segundo testemunhas, a profissional explicou que estava fora do horário de visitas. Ela ainda alegou que de acordo com o protocolo do hospital, somente familiares poderiam tem acesso ao boletim médico do paciente.
O que dizem os envolvidos
Ambas as partes contam versões diferentes sobre o caso. Os policiais afirmam que houve desacato porque a médica arremessou um documento no rosto de um tenente da PM. O agente solicitou avalição Instituto Médico Legal para comprovar que a profissional causou uma lesão no braço dele. A Secretaria da Saúde manifestou que o Hospital Ipiranga apoio à médica. A Secretaria da Segurança Pública divulgou nota informando que a Polícia Militar investigará o comportamento dos policiais envolvidos.
“A Secretaria da Segurança Pública repudia veementemente o ocorrido no Hospital Ipiranga e ressalta que já iniciou a rigorosa apuração de todas as denúncias relacionadas à conduta dos policiais militares envolvidos na ação. Os fatos narrados não são compatíveis com o treinamento e os valores da instituição”, diz o comunicado.