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MEC suspende mudança no formato do Enem 2024; entenda impacto

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A sede do Ministério da Educação, em Brasília
Reprodução/Agência Brasil – 22.03.2022

A sede do Ministério da Educação, em Brasília

O Ministério da Educação (MEC) resolveu suspender as mudanças previstas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2024, durante um período de 60 dias. No entando, a decisão impacta na vida de alunos que irão realizar o exame. Até segunda ordem, a prova será aplicada – daqui a dois anos – no formato atual caso a medida se mantenha.

Entenda como os alunos que, hoje, estudam diretrizes do Novo Ensino Médio farão o Enem tradicional e quais seriam os reforços para compensar as brechas no conteúdo aplicados no exame.

Como deve ficar a vida do estudante no ensino médio se a mudança se manter?

Por hora, nada muda na sala de aula. Todas as instituições de ensino devem continuar tendo que seguir as diretrizes do Novo Ensino Médio, com a oferta de itinerários formativos e projeto de vida.

A princípio, o Enem de 2024 seguirá o formato atual. A decisão de suspender a mudança na prova é temporária. No entanto, daqui 60 dias, deverá ocorrer um parcer definitivo do grupo que discute o tema quando os trabalhos forem concluídos.

Caso a suspensão seja mantida pelo governo, o novo formato do Enem só será aplicado nos anos seguintes. Caso derrubado, a prova já terá mudanças a partir de 2024.

Objetivo do MEC com a suspensão temporária do cronograma

Neste momento, o MEC busca sinalizar que está atento às críticas que o sistema do Novo Ensino Médio recebe de alunos, professores e entidades. No entanto, ao mesmo tempo, ainda aguarda as conclusões de um grupo de trabalho, criado há um mês – por conta das críticas – para saber o que fazer com a reforma.

Caso seja concluído que deverá haver ajustes no modelo – ou revogá-lo – será preciso aprovar um novo texto no Congresso Nacional.

“Nós vamos apenas suspender as questões que vão definir um novo Enem em 2024 por 60 dias. E vamos ampliar a discussão. O ideal é que, num processo democrático, a gente possa escutar a todos. Principalmente, quem está lá na ponta, que são os alunos, os professores e aqueles que executam a política, que são os estados”, disse o ministro da Educação.

Quais mudanças estavam previstas para o novo Enem?

O novo exame teria questões seguindo as diretrizes do Novo Ensino Médio (com partes específicas no exame conforme a escolha do estudante), além de uma redação.

As questões no Enem seriam divididas em duas etapas: a primeira interdisciplinar, igual e obrigatória para todos. Já a segunda, teria provas de quatro áreas em que o candidato iria selecionar uma delas:

  • Linguagens, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
  • Matemática, Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
  • Matemática, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e
  • Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

Atualmente, o exame é igual para todos os estudantes e cobra todas as áreas do conhecimento (ciências humanas; ciências da natureza; linguagens e matemática), além de uma redação.

Impacto na preparação dos alunos do Novo Ensino Médio

Os estudantes que farão o Enem, em 2024, serão os primeiros, em três anos do ensino médio, seguindo as novas diretrizes.

Caso o exame ocorra no formato tradicional, os alunos poderão ser cobrados por conteúdos que não necessariamente foram tratados na escola, ou que até foram objeto de aula, mas sobre os quais não se aprofundaram por causa da redução da carga horária das matérias “convencionais”.

Veja como é o currículo do Novo Ensino Médio

A implementação do Novo Ensino Médio, que vem ocorrendo desde 2017, prevê um aumento progressivo da carga horária total de aulas dos alunos, ou seja, quando concluído, deverá chegar a 3 mil horas ao final dos três anos, com a seguinte divisão:

  • 1,8 mil horas de ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática – para todos os alunos.
  • 1,2 mil horas de conteúdos eletivos focados nos objetivos pessoais e profissionais dos alunos.

Como o Novo Ensino Médio pode impactar no desempenho no Enem tradicional?

Veja críticas apontadas por especialistas:

  • O programa atravessa diferentes níveis de implementação, variando de estado para estado.

Disciplinas clássicas têm menos prioridade na grade com a entrada das novas ofertas. Ou seja, em alguns casos, os alunos relatam ter ficado com apenas duas aulas na semana de língua portuguesa e matemática.

As redes se ensino irão oferecer reforço aos alunos?

Até o momento, não se tem nada definido.

Veja o que dizem as entidades sobre a suspensão

UNE: A União Nacional dos Estudantes se mostra a favor da suspensão da implementação do Novo Ensino Médio no país.

Campanha Nacional pelo Direito à Educação: Para Daniel Cara, dirigente da entidade , “é extremamente positiva a suspensão” . Ele afirma que a reforma é “uma violência” contra os alunos da rede pública, porque as escolas não conseguem oferecer todos os itinerários formativos, obrigando o estudante a fazer o que tiver disponível.

Todos Pela Educação: Já para o diretor de políticas públicas, Gabriel Côrrea, “suspender o cronograma sem anunciar qual vai ser o novo cronograma pode gerar ainda mais confusão entre os estados, porque pode acontecer de alguns estados continuarem fazendo o que já estão fazendo– porque as normativas, a lei, as diretrizes curriculares do novo ensino médio seguem em vigor –, mas podem ter estados que decidam voltar atrás em algumas etapas”.

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Fonte: Nacional

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Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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