Vieira declarou ser “urgente” as pausas humanitárias nos confrontos e a abertura de corredores humanitários. Ele ainda ressaltou que, o Brasil, enquanto presidente do Conselho de Segurança da ONU, tem estimulado o diálogo e convocado reuniões de emergência.
Durante o discurso, o ministro lamentou que a resolução brasileira não tenha sido aprovada em reunião emergencial no dia 18 de outubro. O texto teve ampla aprovação na ONU, com 12 votos favoráveis, no entanto, os Estados Unidos vetaram a resolução , alegando que o Brasil não havia citado o direito da autodefesa dos israelenses.
Pelo texto ter grande quantidade de votos a favor, Vieira acredita que “essa visão é compartilhada pela comunidade internacional em geral”, disse. Ele também fez um apelo para que a questão volte a ser pautada na reunião da ONU da próxima terça-feira (24), em Nova York, que irá debater a situação de Israel e Palestina.
“Eu sugiro que continuemos a conversa na reunião, no mais alto nível possível, na tentativa de continuar buscando consenso pela ação imediata. A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais à segurança e às vidas de milhões. Isso não está no interesse da comunidade internacional”, afirmou Vieira.
A reunião deste sábado foi convocada para discutir a crise humanitária provocada pelo conflito. Além de Brasil e Egito, a Jordânia, Catar e Turquia, outros países do Oriente Médio e da Europa também participam da cúpula.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.