O ministro da Economia, Sérgio Massa (Unión por la Pátria), e o deputado Javier Milei (Libertad Avanza) vão disputar o segundo turno nas eleições da Argentina, confirmou a Câmara Eleitoral na noite deste domingo (22). Massa obteve 36,33% dos votos, enquanto Milei teve 30,18% de aprovação dos eleitores.
Essa é a primeira vez em 20 anos que as eleições na Argentina vão para o segundo turno. A última vez que isso aconteceu foi em 2003, quando Nestor Kirchner venceu a disputa após a desistência de Carlos Menem.
Massa e Milei desbancaram Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que obteve 23,8% dos votos e também era cotada como uma das favoritas na disputa. Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e Myriam Bregman (Frente de Izquierda) também participaram do pleito, mas corriam por fora na disputa.
Essa é uma das eleições mais polarizadas da história da Argentina, segundo especialistas em política internacional. Milei ganhou protagonismo da onda da extrema-direita no mundo, enquanto Massa tem o apoio massivo do governo Alberto Fernández e do núcleo Cristina Kirchner.
Os debates durante o processo eleitoral foram acalorados, principalmente sobre a situação econômica enfrentada pelo país nos últimos meses. A inflação da Argentina atinge 136%, enquanto o US$ 1 está próximo de custar cerca de 900 pesos argentinos.
Sérgio Massa e Javier Milei devem manter o ritmo de campanha eleitoral e debates pelo menos até o dia 18 de novembro. O segundo turno das eleições argentinas está marcado para o dia seguinte, 19 de novembro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.