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Política Nacional

Marina aponta ‘ação criminosa’ após alertas de desmatamento

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Marina Silva participou de fórum sobre a Amazônia em Davos
Valter Campanato/Agência Brasil

Marina Silva participou de fórum sobre a Amazônia em Davos


A ministra do Meio Ambiente , Marina Silva (Rede), disse nesta segunda-feira (27) que o recorde de alerta de desmatamento na Amazônia em fevereiro é culpa de uma “ação criminosa”. O posicionamento dela ocorreu após ser questionada sobre os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

De acordo com os números do instituto, houve um alerta de 209 km² entre os dias 1 e 17 de fevereiro. É o maior índice registrado até então. Marina demonstrou indignação e garantiu que tomará providências para encontrar os responsáveis pelos atos de desmatamentos.

“Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos seguir trabalhando, este é nosso objetivo. Não somos como o governo anterior, os dados são transparentes”, comentou a ministra.

“Neste momento, estamos identificando que tem uma ação criminosa, mesmo no período chuvoso, adiantando o desmatamento. E estamos nos preparando para fazer o enfrentamento”, completou.

A fala de Marina ocorreu no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Ela se encontrou com o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. Ele chegou ao Brasil para debater com o governo Lula ações para preservar o meio ambiente e enfrentar o desmatamento na Amazônia.

A ministra foi perguntada sobre o recorde nos alertas de desmatamento e ela deixou claro que nada se resolverá de uma hora para outra. “As coisas não são mágicas. Temos a clareza da complexidade do problema e estamos trabalhando para que ele [desmatamento] venha a cair estruturalmente”, explicou.

Ela reafirmou que trabalhará para que o desmatamento chegue ao fim nas florestas brasileiras.

Alckmin também esteve com John Kerry

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta segunda que o governo dos Estados Unidos prometeu enviar recursos “vultosos” para o Fundo Amazônia.

“O enviado John Kerry não definiu valor, mas colocou que vai se empenhar junto ao governo, ao Congresso americano e junto à iniciativa privada para termos recursos vultosos, não só no Fundo Amazônia, mas como também outras cooperações”, declarou.

Jornalistas perguntaram hoje a Alckmin qual contrapartida os Estados Unidos exigiram para enviar dinheiro ao fundo. O vice-presidente relatou que não houve nenhuma exigência feita pelos norte-americanos, porque o governo brasileiro deixou claro quais trabalhos adotará para proteger o meio ambiente.

“O compromisso do Brasil já ficou claro na presença do presidente Lula no encontro com o presidente Joe Biden. Ficou claro o compromisso do Brasil de ser o grande protagonista no combate às mudanças climáticas”, pontuou.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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