No despacho, a PF informou que vai “apurar todas as circunstâncias que envolveram a prática do crime” previamente identificado, além de outros que “porventura forem constatados no curso da investigação”.
Nesta quarta-feira (22), pelas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o inquérito amplia a colaboração federal com as apurações sobre a organização criminosa envolvida nas mortes.
“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de MARIELLE e ANDERSON , determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu o ministro.
“Eu digo à ministra Anielle [irmã da vereadora assassinada] e à sua mãe que vou empreender todos os esforços cabíveis. E a Polícia Federal assim atuará para que esse crime seja desvendado: quem matou Marielle e quem mandou matar Marielle”, disse ele na ocasião.
A investigação, até este ponto, é conduzida pela Polícia Civil . Em maio de 2020, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) de federalização da investigação, que tentava passar o caso para a PF. O caso, então, ficou com a apuração no âmbito estadual.
A abertura do inquérito pela PF, no entanto, não significa a federalização do caso.
Até o momento, duas pessoas foram presas pelo envolvimento no crime: o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz . Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como os responsáveis pelos assassinatos e vão a júri popular — que ainda não teve data marcada.
A polícia ainda vai entender o que motivou o crime , localizar a arma utilizada e identificar os mandantes.