“Hoje é 24 de março, dia em que meu irmão Renato, que foi retirado de nós pela milícia, faria aniversário de 52 anos. No caso dele, ficamos 14 anos sem saber quem matou e quem mandou matar. Quando o caso foi resolvido, os crimes já estavam prescritos e os assassinatos estão livres até hoje. Hoje, que estaríamos em festa com Renato por seu aniversário, eu amanheço com os mandantes da morte da Marielle presos”, escreveu.
“Foram 5 delegados que comandaram as investigações do inquérito do assassinato da Marielle e do Anderson, e sempre que se aproximavam dos autores eram afastados. Por isso demoramos seis anos para descobrir quem matou e quem mandou matar. Agora a Polícia Federal prendeu os autores do crime, mas também quem, de dentro da polícia, atuou por tanto tempo para proteger esse grupo criminoso. Essa é uma oportunidade para o Rio de Janeiro virar essa página em que crime, polícia e política não se separam”, completou Freixo.
Antes de sua eleição como vereadora em 2016, Marielle atuou como assessora do deputado Marcelo Freixo. Em 2018, Freixo presidiu a CPI das Milícias, cujo relatório final recomendou o indiciamento de mais de 200 indivíduos, incluindo políticos, policiais, agentes penitenciários, bombeiros e civis. Freixo mencionou, no entanto, que na época Marielle era muito jovem e seu papel estava mais voltado para os bastidores.