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Agronegócio

Mapa atualiza o Valor Bruto da Produção 2023: R$ 1,151 trilhão em outubro

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O Ministério da Agricultura (Mapa) divulgou sua projeção atualizada para o Valor Bruto da Produção (VBP) em 2023, estimando um montante de R$ 1,151 trilhão em outubro. Essa cifra representa um aumento de 2,2% em comparação ao ano anterior, quando registrou R$ 1,126 trilhão.

As previsões de uma safra recorde para 2023, anunciadas recentemente pela Conab e IBGE, aliadas aos ganhos de produtividade, foram consideradas como fatores determinantes para esse cálculo.

O VBP proveniente das lavouras atingiu um aumento real de 4,2%, totalizando R$ 811,7 bilhões. Já a pecuária obteve um faturamento de R$ 339,9 bilhões, apresentando uma retração de -2,1% em relação ao ano anterior.

Entre os produtos que se destacam positivamente estão o amendoim (com um aumento real de 17,6% no VBP), arroz (17,8%), banana (15,9%), cacau (19,5%), cana-de-açúcar (17,2%), laranja (18%), mandioca (42,4%), soja (2,9%), tomate (23%) e uva (14,5%). Esse comportamento se deve à influência de preços, quantidades produzidas ou ambos.

O ministério enfatiza a soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão como os principais produtos no ranking, representando 81,9% do VBP das lavouras. Por outro lado, algodão, batata-inglesa, café e trigo apresentaram os piores desempenhos, principalmente devido às fortes retrações de preços em relação ao ano anterior.

Na pecuária, suínos, leite e ovos destacam-se positivamente, enquanto carne bovina e de frango não têm apresentado bons resultados ao longo do ano, conforme informado pelo Mapa. Em termos regionais, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás lideram, representando 59,8% do VBP total.

Sobre as projeções para 2024, o Mapa destaca que condições climáticas incertas, com excesso de chuvas e períodos secos, dificultam prever o VBP do próximo ano. As primeiras análises não são otimistas, indicando uma possível safra menor que a de 2023, especialmente para algodão, café, feijão, milho, soja e trigo, com estimativa de uma redução de 5,3% em relação ao VBP de 2023.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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