O número de crianças mortas na Faixa de Gaza em três semanas de guerra já supera a quantidade de crianças mortas em conflitos armados em um ano inteiro, de acordo com um levantamento da organização Save the Children divulgado neste domingo (29).
Até este domingo (23º dia de guerra), quando o levantamento foi publicado, o Ministério da Saúde palestino tinha confirmado a morte de 3.195 menores de idade. Nesta segunda-feira (30), o número já subiu para 3.457.
Nos últimos anos, o número de crianças que morreram em conflitos armados a nível mundial é menor. Segundo relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) citados pela Save the Children, 2.985 crianças foram mortas em 24 países em 2022, 2.515 em 2021 e 2.674 em 2020 em 22 países. Em 2019, 4.019 crianças foram mortas em conflitos.
“Três semanas de violência arrancaram crianças das famílias e destruíram as suas vidas a um ritmo inimaginável. Os números são angustiantes e com a violência não só continuando mas também aumentando em Gaza neste momento, muito mais crianças continuam em grave risco”, afirma Jason Lee, diretor nacional da Save the Children no território palestino ocupado.
“A morte de uma criança é demais, mas estas são violações graves de proporções épicas. Um cessar-fogo é a única forma de garantir a sua segurança. A comunidade internacional deve colocar as pessoas à frente da política – cada dia passado debatendo está deixando crianças mortas e feridas. Crianças devem ser protegidos em todos os momentos, especialmente quando procuram segurança em escolas e hospitais”, completa.
Além das crianças mortas em Gaza, outras 33 morreram na Cisjordânia e 29 em Israel.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.