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MATO GROSSO

Maio laranja: Colniza encerra atividades sobre combate ao abuso e exploração sexual infantil

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A Vara Única de Colniza (1065 km a noroeste de Cuiabá) finalizou as atividades do “Maio Laranja” voltadas para o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O encerramento ocorreu nos dias 25 e 26 de maio, na Escola Estadual Maria Miranda de Araújo, localizada no distrito de Guariba, a 150 km de Colniza.
 
 
Na noite de quinta-feira (25) foram realizadas apresentações e proferidas palestras sobre o tema para pais de alunos, professores, profissionais da escola, representantes de instituições e população local. Os alunos apresentaram a peça teatral “Violência na Escola” e mostraram as atividades elaboradoras no decorrer das aulas. Já na sexta-feira (26) foi realizada panfletagem com a entrega de cartazes e folders, além de orientações e escuta.
 
 
A coordenadora da Escola Estadual Maria Miranda de Araújo, Sara Caetano, elogiou a iniciativa da equipe do Poder Judiciário. “Todos estão de parabéns pelo brilhante trabalho realizado na campanha “Maio Laranja”. A palestra trouxe luz e esclarecimento sobre o tema que é tão importante de ser discutido pela comunidade. Todos nós temos responsabilidades para com as nossas crianças e adolescentes”, avaliou.
 
 
A equipe multidisciplinar da Comarca de Colniza é composta pela psicóloga Diliana Rodrigues dos Santos e pela assistente social Rosa Mônica Ferrari da Silva Souza, responsáveis pelo desenvolvimento das atividades, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa “PSE nas escolas” e Ministério Público Estadual (MPE).
 
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1. Imagem colorida. População assiste à palestra no pátio da escola que tem paredes pintadas de branco e azul. Foto 2. Imagem colorida. Alunos vestindo o uniforme da escola participam das atividades. Ao fundo um painel com mensagens sobre “bullying” e violência na escola.
 
Gabriele Schimanoski
Assessoria de Comunicação da CGJ-MT
 
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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