O assessor internacional para a Presidência da República, Celso Amorim, esteve com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , no Palácio de Miraflores, na segunda-feira (29). No encontro, o líder venezuelano Maduro disse que enviaria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva “as atas eleitorais nos próximos dias”.
A reunião foi “cordial”, segundo fontes do O Globo. Maduro e Amorim conversaram sobre o processo eleitoral , e o presidente venezuelano afirmou ao brasileiro que corre o risco de ser alvo de um “golpe por parte da extrema direita”.
O Brasil pediu dados sobre o pleito e a verificação dos observadores em meio a denúncia da oposição, que alega que o adversário Edmundo González teve 70% dos votos. O Itamaraty exigiu a divulgação das atas eleitorais e afirmou que se manifestará assim que tiver informações mais detalhadas.
Amorim afirmou que foi “um grave erro a União Europeia ter dado motivo ou pretexto para ser desconvidada [pelo governo venezuelano para ser observador]”. O argumento do governo Maduro é de que a UE não suspendeu, como havia prometido, sanções contra o país e funcionários de seu governo,.
‘[Se a UE tivesse vindo] Não teria acontecido nada disso”, disse o assessor do governo Lula.
Após o encontro com Maduro, Amorim também se encontrou com González Urrutia. Fontes do Globo disseram que a conversa “foi boa”.