O assessor internacional para a Presidência da República, Celso Amorim, esteve com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , no Palácio de Miraflores, na segunda-feira (29). No encontro, o líder venezuelano Maduro disse que enviaria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva “as atas eleitorais nos próximos dias”.
A reunião foi “cordial”, segundo fontes do O Globo. Maduro e Amorim conversaram sobre o processo eleitoral , e o presidente venezuelano afirmou ao brasileiro que corre o risco de ser alvo de um “golpe por parte da extrema direita”.
O Brasil pediu dados sobre o pleito e a verificação dos observadores em meio a denúncia da oposição, que alega que o adversário Edmundo González teve 70% dos votos. O Itamaraty exigiu a divulgação das atas eleitorais e afirmou que se manifestará assim que tiver informações mais detalhadas.
Amorim afirmou que foi “um grave erro a União Europeia ter dado motivo ou pretexto para ser desconvidada [pelo governo venezuelano para ser observador]”. O argumento do governo Maduro é de que a UE não suspendeu, como havia prometido, sanções contra o país e funcionários de seu governo,.
‘[Se a UE tivesse vindo] Não teria acontecido nada disso”, disse o assessor do governo Lula.
Após o encontro com Maduro, Amorim também se encontrou com González Urrutia. Fontes do Globo disseram que a conversa “foi boa”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.