O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) apontou a reeleição do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , nesta segunda-feira (18). As eleições foram realizadas no domingo (28). O anúncio ocorreu após mais de 80% das urnas serem apuradas. A oposição, no entanto, afirma que, na verdade, Edmundo González venceu com 70% dos votos.
Maduro terá um novo mandato de seis anos e ficará no poder até janeiro de 2031. Ele teve 51,2% dos votos, somando 5.150.092 votos, segundo o órgão eleitoral, que é alinhado ao presidente. O principal adversário, Edmundo González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos.
Após o anúncio, o presidente reeleito abraçou apoiadores em Caracas, capital venezuelana, ao som de uma música que dizia que ele era o “coração do povo”.
A vitória de Maduro representa a continuidade do chavismo no poder, que chegou em 1999 liderado por Hugo Chávez e após sua morte, em 2013, passou para as mãos de Maduro, que permanece na presidência até hoje.
Oposição contesta
Com a vitória de Maduro declarada pelo CNE, a oposição contestou o resultado, alegando que González obteve 70% dos votos.
“Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia”, disse a líder oposicionista María Corina Machado. “Espero que todos se mantenham firmes, orgulhosos do que fizemos, porque nos próximos dias vamos anunciar ações para defender a verdade”, completou.
Machado diz que oposição ganhou em todos os Estados, o que daria a vitória a González com cerca de 70% dos votos contra 30% dos governistas.
“É a eleição presidencial com a maior margem de vitória”, declarou ela.
Machado cita que teve acesso às atas, que são equivalentes a boletins de urna.
“Neste momento, temos mais de 40% das atas. Vou dizer algo a vocês: 100% das atas que transmitiu o CNE, nós as temos. Não sei de onde saíram as outras”, disse a líder opositora. “Todas as que transmitiram, a gente as tem. E toda essa informação coincide. Sabe no quê? Em que Edmundo González Urrutia obteve 70% dos votos desta eleição, e Nicolás Maduro, 30% dos votos”, acrescentou.
Países questionam resultado
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, afirmou que o país “tem sérias preocupações de que o resultados não refletem a vontade ou os votos do povo venezuelano”.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, disse que os resultados são “difíceis de crer”.
“Do Chile, não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, disse Boric.
O Brasil também não reconheceu a vitória de Maduro e solicitou à missão da ONU destacada na Venezuela e ao Carter Center que verifiquem a acusação da oposição.
Segundo a última pesquisa eleitoral, da ORC Consultores, realizada em julho, Maduro não iria se reeleger. González aparecia com 59,68% das intenções de voto, enquanto o atual líder venezuelano ocupava o segundo lugar, com 14,64%.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.