No último domingo (4), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , disse que é necessária uma “regulação nacional” das redes sociais, em especial o TikTok e o Instagram que, segundo o mandatário, são responsáveis por “instalar o ódio e o fascismo” no país.
“Acuso o TikTok e acuso o Instagram de sua responsabilidade na instalação de ódio, para dividir os venezuelanos, para buscar uma matança e uma divisão da Venezuela. Para trazer o fascismo à Venezuela. Golpe de Estado ciberfacista e criminal” afirmou Maduro durante o ato de homenagem aos 87 anos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
Durante seu discurso, Maduro exibiu vídeos de jovens em protestos detidos pelas forças de segurança e os chamou de “terroristas de extrema-direita”, “drogados” e “fascistas”, treinados “no Texas, Peru e Chile”.
Durante o evento, o mandatário solicitou ao Conselho de Segurança e o Conselho de Defesa da nação que dessem recomendações do “mais alto nível” sobre a regulamentação das redes sociais.
Além disso, ele acusou novamente uma tentativa de golpe de Estado contra o país, que chamou de “ciberfascista”.
Maduro tem perfil no TikTok
Apesar das críticas, Maduro também tem um perfil nas redes sociais que criticou. No TikTok, por exemplo, ele tem quase 3 milhões de seguidores e posta conteúdos diversos, que variam desde vídeos mais descontraídos até vídeos de discursos políticos.
A oposição de Maduro também usa as redes para engajar com o povo: a líder María Corina Machado, impedida de concorrer às eleições, já tem mais de 5,7 milhões de seguidores.
Edmundo González, que disputou a presidência com Maduro, tem pouco mais de 2,6 milhões de seguidores. Ele faz um uso mais “sério” da plataforma, com conteúdos que abordam religião e família.