O presidente da França , Emmanuel Macron , nomeou nesta quinta-feira (5) o ex-ministro das Relações Exteriores Michel Barnier , de centro-direita, como novo premiê do país.
Barnier foi o negociador do Brexit na União Europeia e, aos assumir o cargo com 73 anos, será o premiê mais velho da história da França.
A nomeação acontece após dois meses de instabilidade na França. Em junho, Macron dissolveu o parlamento e convocar eleições antecipadas para a escolha de um novo premiê.
A esquerda venceu as eleições legislativas, mas não obteve maioria. As negociações para a formação dessa maioria ficaram paralisadas devido às Olimpíadas. Na retomada das conversas, Macron rejeitou o nome sugerido pelos partidos da esquerda e escolheu o primeiro-ministro, o que é permitido pela legislação francesa.
Apesar de estar amparada pela legislação, a decisão de Macron pode custar o seu cargo como presidente: ao escolher um próprio premiê, abre margem para ser alvo de uma moção de censura no Parlamento. Se for reprovado, ele terá de deixar o cargo.
Próximos passos
Agora, o novo premiê deverá formar um novo governo e reativar o Parlamento. O grande desafio de Barnier será o de tentar forçar reformas e o orçamento de 2025 por meio de um parlamento com as atividades suspensas, em um momento em que o país é pressionado Comissão Europeia para reduzir seu déficit.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.