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Economia

Lula volta a defender moeda comum: ‘Por que tenho que comprar dólar?’

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da abertura da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global
Ricardo Stuckert/PR – 23.06.2023

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da abertura da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta sexta-feira (23) a criação de novas moedas para realizar o comércio entre países. Em discurso na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, em Paris, na França, Lula criticou a dependência do dólar.

“Tem gente que se assusta quando eu falo que é preciso criar novas moedas para a gente fazer comércio. Eu não sei por que Brasil e Argentina têm de fazer comércio em dólar. Por que que a gente não pode fazer nas nossas moedas? Não sei por que Brasil e China não podem fazer nas nossas moedas. Por que eu tenho que comprar dólar? Então essa é uma discussão que está na minha pauta”, declarou Lula.

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O presidente também afirmou que vai discutir o tema na reunião dos Brics em setembro – o grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Essa discussão vai acontecer também na reunião do G-20, porque nós vamos precisar colocar mais companheiros africanos para participar do G-20”, defendeu.

Lula disse, ainda, que é preciso “parar de fazer proselitismo com recursos” internacionais e “fazer investimento em coisas estruturantes, que mudam a vida dos países”. “É por isso que estou otimista com a criação do Banco dos Brics. É por isso que estou otimista com a possibilidade de criar o Banco do Sul. É por isso que estou otimista de a gente discutir moeda de comércio”, afirmou.

Histórico

Desde o início do seu mandato, o presidente vem defendendo em diversas oportunidades a criação de moedas únicas para comércio entre países, diminuindo a dependência do dólar.

No fim de maio, em reunião com líderes de 11 nações sul-americanas , Lula defendeu a criação de uma “unidade de referência comum para o comércio” na região.

Antes disso, em visita à China em abril, ele defendeu uma moeda comum com os Brics . “Por que todos os países são obrigados a fazer seu comércio lastreado no dólar? Por que não o iene? Por que não o real?”, questionou na ocasião.

No início do ano, Lula já havia defendido também uma moeda comum com a Argentina , em visita ao país vizinho. “Se dependesse de mim, o comércio exterior sempre seria feito nas moedas dos países para não depender do dólar”, disse à época.

Fonte: Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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