O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, nesta sexta-feira (15), para Cuba, onde ocorrerá o encontro do G77, grupo formado por 134 nações emergentes. No sábado, o presidente discursará no evento e no domingo irá para Nova York discursar na abertura da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
A expectativa é que a China envie um representante para o encontro para estreitar a agenda Sul Global. Lula deve discursar sobre temas pleiteados pelo gigante asiático, como reformulação no Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, deve pedir renegociação de dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e criticar o descumprimento de acordos climáticos por países desenvolvidos.
A agenda de Lula também prevê uma reunião bilateral com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Cuba tem uma dívida de US$ 520 milhões com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), o que impede o Brasil de ajudar o país caribenho em sua crise de desabastecimento.
No domingo, Lula embarca para os Estados Unidos no domingo (17) para o discurso na ONU no dia 19. Como todo ano, o Brasil inicia a cerimônia.
Ele deve reforçar sua pauta de combate à fome, redução das desigualdades, clima e reforma do Conselho de Segurança da ONU.
P governo ainda não divulgou a lista de encontros bilaterais da agenda presidencial, mas já há algumas confirmações, como o encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Entre os dias 18 e 20, respectivamente, o presidente participará de duas reuniões com os demais líderes, convocadas por Guterres: uma sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que são compromissos para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade; e a Cúpula de Ambição Climática.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.