“Serão discutidos assuntos de interesse global e de interesse regional, porque o próprio Papa tem interesse nessas matérias, como a guerra na Ucrânia, que seria um dos temas que provavelmente eles trocarão perspectivas e ideias”, afirmou a embaixadora Maria Luisa Escorel, responsável pela Secretaria de Europa do Itamaraty.
“Nosso presidente também terá um encontro com o arcebispo Edgar Peña Parra, que é o substituto da Secretaria de Estado, com quem estão previstos vários temas, desde como a Igreja pode apoiar as políticas do governo em termos de justiça social até Venezuela, Nicarágua, Cuba e Ucrânia”, informou Escorel.
O presidente brasileiro destacou ontem suas convergências com Jorge Bergoglio, a quem definiu como o Papa “mais comprometido com o povo humilde do mundo”.
Antes de embarcar para a Itália, Lula se reuniu com o núncio apostólico em Brasília, dom Giambattista Diquattro, e o presidente da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), dom Jaime Spengler.
“Lembremos também que a pauta do governo do presidente Lula tem muita convergência com a pauta da Igreja Católica e da Santa Sé”, ressaltou Escorel.
Ela acrescentou que os pontos de vista do governo e do Vaticano são similares “quando pensamos na eliminação da pobreza, nas desigualdades sociais, no desenvolvimento sustentável, no combate às injustiças sociais, à insegurança alimentar e à fome”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.