O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (30) que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela , cujo resultado foi contestado pela oposição, e voltou a cobrar transparência na divulgação das atas eleitorais.
A declaração foi dada em entrevista ao programa de rádio de João Pessoa, na Paraíba, onde realiza uma visita oficial.
“Não aceito nem a vitória dele nem a da oposição. Eu acho que tem um negócio, a oposição fala que ganhou, ele fala que ganhou, mas você não tem prova. Então, nós estamos exigindo a prova.
Obviamente que ele tem o direito de não gostar porque eu falei que era importante que convocassem novas eleições”, afirmou Lula.
Comentando a crise no país vizinho, o petista disse ainda que não tem “relação ideológica” com chefes de Estado e explicou que não era responsabilidade da Suprema Corte da Venezuela dar o parecer sobre as atas de votação.
Por fim, enfatizou que já “ajudou muito” a nação liderada por Maduro, mas que ele terá que assumir as consequências de seus atos. “Ele arque com as consequências do gesto dele. E eu arco com as consequências do meu gesto. Eu tenho consciência política de que eu tentei ajudar muito, mas muito e muito”, concluiu o presidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.