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Política Nacional

Lula recebe trabalhadoras da linha de frente do SUS durante a pandemia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Janja Lula da Silva se reuniram, na tarde desta quarta-feira (8), com as diretoras do filme “Quando falta o ar”, um documentário que acompanha a trajetória de mulheres profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) durante o ano de 2020, o primeiro da pandemia de covid-19. Ana e Helena Petta, que são irmãs, estavam acompanhadas das mulheres que protagonizam o filme. 

“É muito simbólico e importante o presidente Lula e a Janja receberem essas profissionais de saúde. É um reconhecimento ao filme, mas ao trabalho delas, uma forma de homenageá-las”, afirmou Helena Petta após o encontro. O filme, que teve uma pré-estreia ontem (7), em Brasília, com a presença de Janja e outras ministras do governo, estreia oficialmente em diversas salas de cinema do país nesta quinta-feira (9). Vencedor do “É Tudo Verdade”, o mais importante festival de documentários da América Latina, o filme chegou a entrar na disputa prévia para concorrer ao Oscar 2023.

De acordo com a sinopse, o documentário “aborda a pandemia com ênfase no cuidado, revelando a face humana da luta coletiva contra a covid-19 em entrevistas com médicos, enfermeiros e agentes comunitários”. 

Ana Petta, atriz e cineasta, e Helena Petta, médica infectologista e cineasta, acompanharam as profissionais mulheres, que representam mais de 70% da força de trabalho do SUS, em cinco estados do país, de São Paulo à Amazônia.

“A gente espera que o filme possa contribuir na construção dessa memória coletiva e que sirva para que as pessoas entendam definitivamente a grandiosidade e a força do SUS”, destacou Ana Petta. Segundo ela, o presidente, que ainda não viu o filme, ficou muito interessado em saber mais informações sobre o trabalho dessas profissionais de saúde 

“Ele [Lula] ficou muito curioso para entender como era o trabalho do SUS durante a pandemia e como as profissionais de saúde tinham que lidar com as medidas anti-científicas adotadas pelo governo anterior, como a campanha em torno da cloroquina”, contou Ana.

Edição: Claudia Felczak

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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