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Política Nacional

Lula pode escolher PGR fora da lista tríplice, revela Flávio Dino

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Flávio Dino e Lula
Reprodução/Twitter

Flávio Dino e Lula


O ministro da Justiça e Segurança Pública , Flávio Dino (PSB-MA), afirmou nesta quinta-feira (2) que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode indicar um procurador fora da lista tríplice para comandar a Procuradoria Geral da República. Se a ação for confirmada, será a primeira vez que o petista tomará essa atitude.

Em entrevista para o jornalista Kennedy Alencar, do Portal UOL, Dino relatou que “não há restrição em relação” a escolha do próximo PGR e que a lista tríplice “não é uma medida prevista na Constituição”. Isso significa que cabe ao presidente da República se seguirá os nomes sugeridos pelos procuradores.

Se Lula decidir escolher um procurador que esteja fora da lista , será a primeira vez ao longo dos seus três mandatos que ele tomará esse tipo de decisão. Nas duas primeiras gestões, o petista escolheu o primeiro colado da lista tríplice, ação também tomada pela sua sucessora, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Só que o ministro da Justiça e Segurança Pública relatou que o governante receberá as sugestões e analisará os três nomes. Além disso, o mandatário dará preferência para um procurador que ainda esteja em atividade.

“Quando se fala do mais votado [da lista tríplice], eu lembro sempre: há um mais votado, que é o presidente da República, que teve 60 milhões de votos. Portanto, tem legitimação democrática e a legitimação constitucional para fazer a escolha”, resumiu Flávio Dino.

Quem é a favorita?

Segundo a jornalista Carolina Brígido, do UOL, o nome favorito para ser indicada para comandar a PGR é Deborah Duprat.  O mandato de Augusto Aras termina em setembro e o governo defende que a subprocuradora-geral da República aposentada ocupe o cargo.

A procuradora se aposentou em 2020, mas pode reverter sua decisão para poder ser escolhida por Lula e passar pelo crível do Senado. Duprat é conhecida por ser defensora dos Direitos Humanos.

A entrevista de Kennedy Alencar com Flávio Dino vai ao ar na íntegra nesta quinta, a partir das 23h45, na RedeTV!.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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