O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , não se reunirão na cúpula do G7 , que ocorre em Hiroshima, no Japão, neste fim de semana. Segundo o governo brasileiro, houve “incompatibilidade de agendas”.
Zelensky compareceu ao evento de surpresa, já que a Ucrânia não pertence ao grupo de maiores economias do mundo e também não está entre os países convidados.
Lula participa da reunião de cúpula do G7 na condição de convidado. Na sexta-feira (19), Zelensky solicitou o encontro bilateral, segundo a TV Globo, mas Lula não conseguiu encaixar um horário para a reunião.
Segundo o governo brasileiro, a possibilidade de uma reunião chegou a ser negociada e uma sala de reunião foi montada para o encontro. No entanto, “por incompatibilidade de agendas”, a reunião não aconteceu.
Lula teria oferecido mais de um horário, mas o governo ucraniano não conseguiu encaixar na agenda de Zelensky.
Perguntado se ficou decepcionado pelo fato da reunião não ter acontecido, o presidente ucraniano disse ironicamente que achava que Lula deveria ter ficado decepcionado. Zelensky se reuniu neste domingo (21) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Zelensky compareceu à Hiroshima para tentar convencer, principalmente, os países emergentes, entre eles, Índia e Brasil, a se posicionarem contra a Rússia.
Lula foi acusado de propagandear o discurso russo, mas rebateu, em Portugal, as críticas e condenou a invasão russa, defendendo a integridade do território ucraniano.
Neste sábado, o presidente brasileiro discursou no evento e voltou a pedir diálogo para negociação de paz.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.