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Política Nacional

Lula libera seguranças para Bolsonaro em evento nos Estados Unidos

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Bolsonaro terá apoio de três militares em sua segurança nos Estados Unidos
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 03/08/2022

Bolsonaro terá apoio de três militares em sua segurança nos Estados Unidos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou nesta segunda-feira (27) três militares para fazer a segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em agendas programadas nos Estados Unidos nas próximas semanas. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Bolsonaro se prepara para participar de um evento conservador entre os dias 1º e 4 de março, onde deve se encontrar com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Os militares, porém, devem assessorar o ex-presidente até o dia 15 de março, quando voltarão ao Brasil.

Entre os nomeados estão Osmar Crivellati e Ricardo Dias dos Santos, que já prestaram serviços a Bolsonaro neste ano. Já Jossandro da Silva foi enviado aos Estados Unidos após ser dispensado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

É de praxe a liberação de militares para fazer a segurança de um ex-presidente da República. Os ex-ocupantes do Palácio do Alvorada tem direito a uma equipe de assessores e seguranças quando deixam o poder.

Evento conservador

A Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) é o principal evento conservador do mundo e tem membros do partido Republicano como maiores financiadores do festival. São esperados pouco mais de 20 mil participantes, que compraram ingressos que variam entre R$ 1.536 a R$ 156 mil.

Além de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro também deve comparecer ao evento. Trump também deverá enviar a sua cúpula mais fiel para palestrar no evento.

Trump e Bolsonaro veem na CPAC uma oportunidade de reafirmar a direita nos Estados Unidos e no Brasil. Enquanto o republicano se prepara para enfrentar Joe Biden novamente no pleito do próximo ano, o brasileiro quer fortalecer a extrema-direita após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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