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Política Nacional

Lula: Forças Armadas atuarão de forma auxiliar na segurança do Rio

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (24), em Brasília, que as forças de segurança federais e as Forças Armadas atuarão de forma auxiliar na segurança do Rio de Janeiro. Frisou que não haverá intervenção no estado, mas a busca por uma solução compartilhada.

“Nós não queremos pirotecnia, não queremos fazer uma intervenção no Rio de Janeiro como já foi feito e que não resultou em nada. Nós não queremos tirar a autoridade do governador, tirar a autoridade do prefeito, o que nós queremos é compartilhar com eles, trabalhar junto com eles uma saída”, disse durante o programa semanal Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov.

Nessa segunda-feira (23), criminosos fizeram ataques ao sistema de transporte na zona oeste do Rio, após uma operação da Polícia Civil contra a maior milícia do estado, que atua na região. As ações impactaram severamente o funcionamento do comércio e das escolas e causaram um nó no trânsito da cidade.

Perspectiva

Lula salientou que já conversou com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e tem agenda com o ministro da Defesa, José Múcio, para avaliar as possibilidades de atuação do governo federal.

“A perspectiva é de fazer com que a Aeronáutica possa ter uma intervenção maior nos aeroportos do Rio de Janeiro, que a Marinha possa ter uma intervenção maior nos portos do Rio de Janeiro para ver se a gente consegue combater mais o crime organizado, o narcotráfico, o tráfico de armas. Ou seja, nós [governo federal] vamos ter que agir um pouco mais”, disse, explicando que, ao mesmo tempo, a Polícia Federal (PF) vai agir com mais força, assim como Polícia Rodoviária Federal atuará mais nas estradas.

“Nós queremos compartilhar a solução dos problemas que os estados têm com o governo federal. Não queremos lavar as mãos e dizer que o problema da violência é do Rio, o problema da enchente é do Rio Grande do Sul, da seca é da Amazônia. É um problema do Brasil e vamos cuidar de todos em igualdade de condições”, explicou o presidente.

Acrescentou que “vamos ajudar o Rio de Janeiro a combater o crime organizado, a combater os milicianos e dar tranquilidade ao povo. Não é possível que o povo do Rio tenha que sofrer tanto com a ação dos marginais”, acrescentou o presidente.

Problema crônico

Para Lula, o Brasil vive um problema crônico de enfrentamento ao crime organizado, que tem origem nos problemas sociais do país. “Enquanto o povo brasileiro passar fome, enquanto tiver muito desemprego, muita gente abandonada, há uma possibilidade de crescimento do crime organizado. A verdade é que tudo isso está ligado às condições de vida do nosso povo e nós precisamos ter consciência disso. E ter consciência que é preciso juntar prefeito, governador, presidente da República, todo mundo no combate ao crime organizado, no combate à bandidagem”, destacou.

O presidente afirmou, ainda, que estuda a criação do Ministério da Segurança Pública, em pasta separada da Justiça, e avalia como ele poderia interagir com as forças estaduais, que são as responsáveis principais pela segurança pública.

“É preciso que a gente dê tranquilidade ao povo e vamos discutir no governo federal como é que a gente pode participar mais, como acionar mais a PF [Polícia Federal], como pode fortalecer mais a Força Nacional, como pode utilizar as Forças Armadas participando como uma força auxiliar sem passar a ideia para a sociedade que as Forças Armadas foram feitas para combater o crime organizado, não é esse o papel das Forças Armadas e nós não vamos fazer isso”, explicou.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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