O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ,deve se reunir nesta sexta-feira (1º) nos Emirados Árabes Unidos, à margem da COP 28 , com seu homólogo da Guiana, Mohamed Irgan Ali, para analisar as tensões com a Venezuela, que reclama a soberania na região do Esequibo.
O governo venezuelano realizará no próximo domingo (3) uma consulta popular sobre a soberania do país nessa região rica em petróleo e minerais que está em território da Guiana, no nordeste da América do Sul.
“O Brasil está acompanhando [a situação] e mantendo um dialogo construtivo em busca de uma solução bilateral, uma solução pacífica para essa questão”, disse ontem (30) a embaixadora Gilsela Figueiredo Padovan, secretária da América Latina do Palácio do Itamaraty.
“Nosso interesse é realmente não ter nenhuma questão militar ou bélica na nossa região, a gente preza pela paz “, acrescentou a diplomata.
Na semana passada, o assessor internacional de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim, viajou a Caracas para tratar da crise com as autoridades venezuelanas.
O Brasil restabeleceu relações com a Venezuela neste ano, e Lula até recebeu seu homólogo Nicolás Maduro em Brasília, após a ruptura do vínculo diplomático durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.