O texto foi aprovado após Lula se envolver pessoalmente nas negociações, após ter articulação política criticada por deputados. Ele falou com os líderes dos partidos e Lira. Na conversa com o presidente da Câmara, o deputado expôs a dificuldade de articulação no terceiro mandato do petista, e teceu críticas ao fato do governo ainda não ter constituído uma base aliada.
Segundo o chefe da Casa, Arthur Lira, houve uma “insatisfação generalizada” dos deputados.
“Não há achaque, não há pedidos, não há novas ações, o que há é uma insatisfação generalizada dos deputados e, talvez, dos senadores com a falta de articulação do governo, e não de um ou outro ministro”, disse Lira em entrevista à imprensa.
Na semana passada, o chefe do Executivo também se reuniu com os ministros da Casa Civil, Rui Costa; das Relações Institucionais, Alexandre Padilha; e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), para discutir estratégias sobre a MP.
Após a aprovação da MP, Lira afirmou que o governo “terá que andar com suas pernas” a partir de agora.
“Importante que se diga, deixe claro, que daqui pra frente, governo vai ter que andar com suas pernas. Não haverá nenhum tipo de sacrifício”, afirmou o presidente da Câmara ao deixar o Congresso.
Segundo o presidente da Câmara, a construção do placar teve “muita conversa, parcimônia e tranquilidade dos líderes”.