O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversaram sobre eleições na Venezuela, que acontecem esse ano, e as iniciativas para a paz na Faixa de Gaza. A informação é da embaixada norte-americana.
“O secretário discutiu o empenho dos EUA em relação ao conflito em Gaza, incluindo o trabalho urgente com parceiros para facilitar a libertação de todos os reféns e para aumentar a assistência humanitária e melhorar a proteção dos civis palestinianos”, afirmou a embaixada por meio de nota.
Essa foi a única menção, segundo o governo estadunidense, sobre o conflito em Gaza. O encontro de Blinken e Lula aconteceu em meio ao contexto de polêmica, causada pela fala do presidente no fim de semana.
Durante uma viagem oficial à Etiópia, Lula criticou a ação militar de Israel na região. Lula comparou os ataques israelenses ao holocausto instaurado pelo regime nazista contra os judeus. A fala de Lula gerou indignação do governo de Israel, que exigiu desculpas do presidente.
A nota da embaixada norte-americana não fala se Blinken e Lula discutiram o discurso do presidente.
Eleições na Venezuela
De acordo com a embaixada, Blinken elogiou Lula pela postura do Brasil na crise entre Venezuela e Guiana.
No fim de 2023, o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, realizou um plebiscito para ouvir a população sobre anexar a região de Essequibo, que pertence à Guiana. A área é rica em recursos minerais . A ação da Venezuela gerou tensão entre os dois países, que ficam na fronteira norte do Brasil.
O governo brasileiro medidou o conflito para evitar uma escalada nas tensões. Apesar de o plebiscito ter concordado a inclusão de Essequibo como território venezuelano , a região continua pertencendo à Guiana.
A nota cita também a s eleições na Venezuela, marcadas para o final de 2024 , e lembra que o regime de Maduro se comprometeu com um um pleito democrático e transparente, o que não aconteceu nas últimas disputas eleitorias na Venezuela, segundo órgãos internacionais.
“O secretário reforçou a nossa posição de que Nicolas Maduro deve retornar à implementação do acordo do roteiro eleitoral de Barbados para garantir eleições presidenciais competitivas em 2024.”