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Política Nacional

Lula diz que mulheres sofreram retrocesso após impeachment de Dilma

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Lula durante o anúncio de pacote de medidas direcionadas à população feminina
Reprodução: Ricardo Stuckert – 08/03/2023

Lula durante o anúncio de pacote de medidas direcionadas à população feminina

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (8) que os avanços conquistados pelas mulheres sofreram um retrocesso depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no ano de 2016. A declaração foi dada durante anúncio de pacote de medidas direcionadas à população feminina. 

“O processo [combate a desigualdade] sofreu um retrocesso muito grande após o golpe de 2016 contra nossa companheira Dilma Rousseff, que sofreu um golpe ainda maior depois que o coisa [Jair Bolsonaro] foi eleito presidente da República. É um retrocesso que não só as mulheres sofreram, mas que a sociedade brasileira sofreu, que as conquistas e avanços sofreram”, disse o presidente.

Segundo o petista, o governo Bolsonaro praticou uma violência “velada” contra as mulheres. “[Estamos fazendo] o que faltou do governo anterior, quando optou pela destruição de políticas públicas, cortou recursos orçamentários essenciais e chegou a estimular de forma velada a violência contra mulher”, disse Lula.

Em outras ocasiões, o presidente já disse que o impeachment de Dilma foi um golpe. 

“Vocês se lembram do golpe que deram na presidenta Dilma, para tirar ela do governo. Vocês se lembram que inventaram uma coisa chamada ‘ponte para o futuro’. Era preciso tirar a Dilma, para esse país voltar a crescer. E eu vou dizer o que aconteceu nesse país”, afirmou ele em cerimônia de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida, em Rondonópolis (MT), no dia 3 de março.

Dia da Mulher

Neste 8 de Março , Dia Internacional da Mulher , Lula anunciou oficialmente o projeto de lei que veta o pagamento de salários diferentes para homens e mulheres com a mesma função no trabalho.

“Houve um tempo que o 8 de marco era comemorado com distribuição de flores para mulheres, enquanto os demais 384 dias eram marcados pela discriminação, machismo e violência”, disse Lula no começo do discurso.

Além disso, ele também anunciou o programa Mulher Viver Sem Violência – implantação de 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira e 270 viaturas da Patrulha Maria da Penha com custo de R$ 372 milhões.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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