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Política Nacional

Lula deve recriar hoje conselho para combater a fome

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Divulgação – 13.02.2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Nesta terça-feira (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ) deve assinar um decreto que recria o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). O ex-mandatário  Jair Bolsonaro (PL) havia desativado o ógão no início do seu governo, em 2019.

Com o retorno do Consea, os conselheiros e a presidente, Elisabetta Recine, que compunham o órgão antes dele ser desativado devem voltar aos cargos. As atividades como conselheiro nacional não são remuneradas, além de ser considerada como relevante serviço público.

“Em 2019, Jair Bolsonaro fez da desativação do Consea um de seus primeiros atos oficiais. A volta do Brasil ao mapa da fome é apontada como uma das mais drásticas consequências do desmonte de políticas promovido nos últimos quatro anos nessa área”, diz nota do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social Família e Combate à Fome.

Durante seu discurso de vitória, em outubro de 2022, Lula afirmou que o combate à fome e à miséria era o seu “compromisso número um” durante seu terceiro mandato.

Entenda o que é o Consea

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) ajuda na participação e controle social do Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan), responsável pelo assessoramento na criação, implementação e monitoramento de políticas públicas voltadas para o direito humano à alimentação.

O órgão foi criado em 1993 pelo governo de Itamar Franco, no entanto, dois anos depois, Fernando Henrique Cardoso — que sucedeu a Franco— substituiu o Consea por outro programa, o Comunidade Solidária. O programa criado por Itamar foi restabelecido em 2003, durante o primeiro ano do governo de Lula.

Após tomar posse, em 2019, Bolsonaro extinguiu o Consea. Na época, inclusive, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura no Brasil (FAO) chegou a manifestar preocupação com a interrupção das atividades do conselho. Segundo eles, o colegiado teve de 1993 a 2019 um papel importante e essencial  nas políticas públicas de combate à fome no Brasil.

Em 2022, um levantamento divulgado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) apontou que o Brasil tem cerca de  33,1 milhões de pessoas passando fome e sem ter o que comer diariamente.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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