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Política Nacional

Lula defende governador do Mato Grosso após vaias

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Militantes do PT vaiaram nesta sexta-feira (3) o governador do Mato Grosso , Mauro Mendes (União Brasil), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desaprovou o comportamento de apoiadores. Ele disse que a eleição acabou e que conversará com todas as autoridades eleitas, independe do partido.

“A disputa eleitoral terminou exatamente no dia 2 de outubro [Mendes foi reeleito no 1º turno]”, falou o petista. “Quando eu venho a um Estado, não quero saber se o governador foi contra mim ou a favor. Eu não quero saber de que partido é o governador. Eu quero saber que ele está eleito, e eu tenho que trabalhar junto com ele”.

Lula deixou claro que conversará com qualquer pessoa que tenha sido eleita, afastando qualquer possibilidade de apenas procurar pessoas do seu núcleo político. A postura adotada é diferente do que foi do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Se o Zé do Pátio não fosse um amigo, fosse um adversário, ainda assim eu viria aqui e trataria ele com respeito porque a democracia exige a nossa convivência mesmo que na adversidade”, declarou.

O posicionamento de Lula ocorreu em Rondonópolis, onde entregou mais de 1,4 mil moradias do Minha Csa, Minha Vida. O prefeito José Carlos do Pátio (PSB), mais conhecido como Zé do Pátio, saiu em defesa de Mauro Mendes.

“Por favor, pessoal, eu queria pedir a todos que nós pudéssemos respeitar nossas autoridades aqui”, disparou, recebendo o apoio do governador.

 “Todos têm que respeitar a democracia e respeitar o presidente que ganhou com 51% e o Mauro Mendes que ganhou com 70% e todos aqueles que têm o dever de honrar o voto”, falou o chefe do executivo do Mato Grosso.

No Mato Grosso, Lula falou sobre violência contra a mulher

Em Rondonópolis,  Lula também falou sobre violência contra a mulher. Na próxima quarta (8), o governo vai comemorar o Dia Internacional da Mulher e irá promover ações que vão ser executadas por vários ministérios.

“Se o cidadão não respeitar as mulheres, a lei vai para cima dele com tudo, para ele saber que o lugar de marido que bate em mulher, o lugar de homem que bate em mulher, não é dentro de casa, não. É na cadeia para aprender a respeitar”, discursou o petista.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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