Pouco antes de voltar ao Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas após a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão, e criticou o discurso do presidente dos Estados Unidos Joe Biden no evento. Segundo Lula, a fala do americano “não ajuda”.
“Ontem vocês viram o discurso do Biden, sabe. O discurso do Biden é de que tem que ir para cima do Putin até ele se render, pagar tudo o que estragou. Esse discurso não ajuda, na minha opinião”, afirmou o petista.
Além disso, Lula também apontou falhas da Organização das Nações Unidas (ONU) em buscar saídas para a o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Eu sou presidente há 5 meses e nunca fui convidado para uma reunião, na ONU, para discutir a guerra. É na ONU que tem que ter”, disse.
No entanto, o mandatário brasileiro disse que, até agora, os dois países do leste europeu não se mostraram dispostos a falar sobre o final dos combates e não voltou a citar o Brasil como mediador do conflito.
“Quem quer a paz precisa conversar com todos”, falou na coletiva.
Se o conselho de segurança da ONU tivesse força para negociar, é possível que não tivéssemos a guerra entre Ucrânia e Rússia. É preciso uma instituição séria, com peso e força para tomar decisões. E isso, na questão climática, também é essencial.
O presidente afirmou que não se encontrou com o presidente da Ucrânia , Volodymyr Zelensky , porque o ucraniano se atrasou para a reunião bilateral e não apareceu depois pra conversar.
“O fato é muito simples, tinha uma bilateral com a Ucrânia aqui neste salão. Nós esperamos e recebemos a informação de que eles tinham atrasado. Enquanto isso, eu recebi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente teve outro compromisso e não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso o que aconteceu”, explicou o brasileiro em entrevista coletiva.
Lula ainda demonstrou despreocupação com a não reunião a sós com Zelensky. O governante relatou que tanto ele quanto o presidente ucraniano escutaram um ao outro durante audiência com vários líderes mundiais que participaram da cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão.
“Eu ouvi atentamente o discurso do Zelensky no encontro. Ele certamente ouviu o meu discurso atentamente no encontro. E eu continuo com a mesma posição que eu estava antes”, relatou.
Lula seguiu dizendo que é a favor da paz e tem total interesse em visitar tanto a Rússia quanto a Ucrânia para encontrar uma solução e dar fim ao conflito. Porém, segundo o chefe do Executivo federal, isso ainda não é viável, conforme foi dito a ele pelo assessor para assuntos internacionais da Presidência Celso Amorim.
Lula rebateu Zelensky
O presidente brasileiro também rebateu a falar de Zelensky, que o acusou de estar “decepcionado” pela não reunião bilateral. De forma séria, Lula falou que esperava ter encontrado o líder ucraniano.
“Eu não fiquei decepcionado, eu fiquei chateado porque eu gostaria de encontrar com ele e discutir o assunto, por isso que eu marquei com ele aqui no hotel. Apenas isso. Veja, o Zelensky é maior de idade, ele sabe o que faz”.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.