“A guerra no coração da Europa lança sobre o mundo o manto da incerteza e canaliza para fins bélicos recursos até então essenciais para a economia e programas sociais”, afirmou o mandatário, que cumpre agenda em Bruxelas, na Bélgica, para participar da cúpula que reúne países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE).
Na ocasião, também disse que a “corrida armamentista dificulta ainda mais o enfrentamento da mudança do clima”. “Frente a todos esses desafios, cabe aos governantes, empresários e trabalhadores reconstituir o caminho da prosperidade, da retomada da produção, dos investimentos e dos empregos”, continuou.
Em abril, a União Europeia chegou a rebater as acusações do petista. Em pronunciamento, o porta-voz do bloco europeu disse que a guerra tem apenas a Rússia como culpada. A UE, no entanto, evitou comentar o posicionamento do governo brasileiro sobre o conflito.
“O fato número é que a Rússia – e somente a Rússia – é responsável. Ela gerou provocações e agressões ilegítimas contra a Ucrânia. Não há questionamentos sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, disse Peter Stano, porta-voz da UE, à época.
As declarações de Lula incomodaram Kiev. No entanto, o governo brasileiro destacou que condena a invasão russa à Ucrânia.