O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira (21) que a redução forçada da taxa de juros do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deveria ter sido melhor coordenada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, mas garantiu que trabalhará por um acordo que beneficie os aposentados.
Ele afirmou ainda que considera “correta” a iniciativa de reduzir a taxa de juros da modalidade e que tentará um acerto com os bancos públicos e privados para chegar a um acordo que mantenha algum nível de redução na alíquota.
“Era preciso ter feito um acerto para anunciar uma medida que envolvesse a Fazenda, o Planejamento, os bancos públicos e os privados”, declarou em entrevista ao Brasil 247.
“Uma coisa que era para ser 100% boa, favorável, criou um clima de insatisfação nos bancos, que precisavam ter sido preparados, avisados. Porque a gente não pode baixar com a facilidade que quer que eles baixem [os juros]. Mas, de qualquer forma, a terra é boa e vamos ver como fazer para baixar os juros de verdade”.
O empréstimo foi interrompido após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) passar de 2,14% para 1,70% o limite dos juros nos contratos. A Casa Civil diz que até esta sexta-feira (24) uma decisão será tomada.
“Após reunião com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da Previdência Social, Carlos Lupi, e de outras autoridades, ficou acordado que uma nova reunião será realizada até 6ª feira […] A expectativa é chegar a um acordo sobre a taxa”, informou em nota a Casa Civil.
O governo busca um “meio-termo” para o teto de juros dos empréstimos consignados.
Lula também criticou o aumento da margem consignável, de 40% para 45%, feita na gestão Bolsonaro. “O cidadão que ganha mil reais não pode ter uma dívida de 45%”, disse.